Maria da conceição tem um rosário, com todas as contas para contar de suas cendeirices com homem comprometido. Mas em todas há elementos básicos para nosso manual: alguns nem beijam para evitar envolvimentos, deixam bem claro que amam a outra, que não se espere mais do que sexo. Ou seja não há o princípio da poligamia, onde todas as esposas, são esposas. Aqui, na nossa cultura monogâmica, os desviantes (bastante tolerado, mas graças a deus, alguns enlouquecem), mantêm o princípio da preferida e da preterida. Há sempre uma que se esconde, mulher subterrânea e uma mulher que pode fazer carinho público, mas é enganada. Não há outra fórmula.
Então fui buscar minha bíblia do amor e infidelidade mais política e filosofia "Insustentável leveza do ser" de Millan Kundera, vamos ver um pouco da percepção, receita do seu infiel Tomas.
... depois da separação da mulher (cap. 5)
"Conseguiu, portanto, em pouco tempo desembaraçar-se de uma esposa, um filho, uma mãe e um pai. Só não conseguiu livrar-se do medo das mulheres. Ele as desejava mas elas o amedrontavam
Entre o medo e o desejo era preciso encontrar um acordo; era o que ele chamava "a amizade erótica". Afirmava a suas amantes: só uma relação insenta de sentimentalismo, em que nenhum dos parceiro se arrogue direitos sobre a vida e a liberdade do outro, pode trazer felicidade para ambos.
Para ter certeza de que a amizade erótica jamais cede à agressividade do amor, só se encontrava
com suas amantes após longos intervalos... "É preciso observar a regra de três. Pode-se ver a mesma mulher em intervalos bem próximos, mas nunca mais de três vezes. Ou então vê-la durante longos anos, mas com a condição de passar pelo menos três semanas entre cada encontro.
Esse sistema dava a Tomas a possibilidade de nunca romper com suas amantes e tê-las em profusão. Nem sempre era compreendido."
".... A convenção não-escrita da amizade erótica implicava que o amor fosse excluído da vida de Tomas. Se ele desrespeitasse essa condição, suas outras amantes se sentiriam imediatamente numa posição inferior e se revoltariam."
(Quem leu o livro sabe que a Teresa, balança toda essa teoria dele).
"Tomas pensava: deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher)."
Acrescenta-se mais alguma coisa? Não, acho que não... Infidelidade masculina é como a natureza do escorpião. Se você mulher não tem cabeça e coração para um Tomas melhor nem se aventurar, livra-se do stress do ciúme (Teresa enfiava agulhas debaixo das unhas, só de ciúme do cheiro de sexo das outras, que sentia nele), termine e tenha paz de espiríto. Isso é aceitar o outro do jeito que ele é. Mas você longe sem sofrer as consequências. Sofrer, sofrer e sofrer.
Então fui buscar minha bíblia do amor e infidelidade mais política e filosofia "Insustentável leveza do ser" de Millan Kundera, vamos ver um pouco da percepção, receita do seu infiel Tomas.
... depois da separação da mulher (cap. 5)
"Conseguiu, portanto, em pouco tempo desembaraçar-se de uma esposa, um filho, uma mãe e um pai. Só não conseguiu livrar-se do medo das mulheres. Ele as desejava mas elas o amedrontavam
Entre o medo e o desejo era preciso encontrar um acordo; era o que ele chamava "a amizade erótica". Afirmava a suas amantes: só uma relação insenta de sentimentalismo, em que nenhum dos parceiro se arrogue direitos sobre a vida e a liberdade do outro, pode trazer felicidade para ambos.
Para ter certeza de que a amizade erótica jamais cede à agressividade do amor, só se encontrava
com suas amantes após longos intervalos... "É preciso observar a regra de três. Pode-se ver a mesma mulher em intervalos bem próximos, mas nunca mais de três vezes. Ou então vê-la durante longos anos, mas com a condição de passar pelo menos três semanas entre cada encontro.
Esse sistema dava a Tomas a possibilidade de nunca romper com suas amantes e tê-las em profusão. Nem sempre era compreendido."
".... A convenção não-escrita da amizade erótica implicava que o amor fosse excluído da vida de Tomas. Se ele desrespeitasse essa condição, suas outras amantes se sentiriam imediatamente numa posição inferior e se revoltariam."
(Quem leu o livro sabe que a Teresa, balança toda essa teoria dele).
"Tomas pensava: deitar com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não somente diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma série inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (este desejo diz respeito a uma só mulher)."
Acrescenta-se mais alguma coisa? Não, acho que não... Infidelidade masculina é como a natureza do escorpião. Se você mulher não tem cabeça e coração para um Tomas melhor nem se aventurar, livra-se do stress do ciúme (Teresa enfiava agulhas debaixo das unhas, só de ciúme do cheiro de sexo das outras, que sentia nele), termine e tenha paz de espiríto. Isso é aceitar o outro do jeito que ele é. Mas você longe sem sofrer as consequências. Sofrer, sofrer e sofrer.
Por muito tempo citei muito "A Insustentável Leveza do Ser" de Millan Kundera, para mim é uma bíblia do amor e da infidelidade. Aprendi com esse livro onde o autor genialmente mistura ficcção com realidade, fala de Nietzsche como fala de Bethoven, a compreender a infidelidade masculina, não aceitá-la. Mas compreendê-la e a parte negociável no negócio amoroso. Bem, como não há mais inquisição e não se ler mais missa em latin, não cometo nenhum "pecado" ou ofensa a igreja católica ou seus devotos ao compará-lo ao livro sagrado.
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