sábado, 24 de outubro de 2009

CARTAS AO CORONEL III

O medo medonho toma-lhe as entranhas. Medo de si, das emoções incontroláveis.Lembra do coronel. Seu olhar protetor. Mãos em suas mãos. Olhos azuis e suaves como mar calmo.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

CARTAS AO CORONEL II

Depois dos quarenta, mulher do século 21, fazendo yoga e acupuntura. Um tarja preta de plantão, faltando às caminhadas de final de tarde por total falta de tempo. A vida corre como o vento, aparecem as rugas, livros vão se empilhando na estante. Cada um comprado com a maior voracidade de leitora apaixonada... nada, metade ficam abertos ainda no início e nunca há tempo, para o retorno a leitura. Pena. Descobriu que precisa de tempo para amar!
E assim espera o amor, como a caatinga espera as primeiras chuvas. A caatinga cinzenta ressuscita totalmente verde. O milagre anual, acontece apenas por alguns poucos meses. Mas a vida que pulsa é tão forte e tão bonita que podemos comparar ao a carnaval. Vida multi - colorida e efêmera. Mas vida. Assim espera o amor. Para viver o hoje. Espera o amor com sua juventude, seu cheiro misturado com alegria.
O amor chegará pela madrugada, sem fantasias, talvez não goste de poesia (ou apenas aprecie o belo), trará um sorriso alvo e grande. Terá mãos grande e ágeis e um membro rijo, impaciente com palavras desnecessárias.
Não verão a lua. Talvez uma música, uma bebida. Sem palavras senão as invísiveis feitas de gestos, de intuição amorosa. Ela o quer dentro dela há muito tempo. Ele desde que descobriu o desejo dela.
O amor cheira a flor de laranjeira. Incenso para atrair harmonia e proteção.

RÊ BORDOSA

RÊ BORDOSA
TUDO DE DOIDA!

Quem sou eu

Minha foto
Teresina, Nordeste...Piaui, Brazil