sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

APRENDENDO A AMAR

Esse será o último amor da minha vida. Sinto isso, como uma verdade definitiva. Tento raciocinar... será mais uma faceta da manifestações do amor, das maneiras como sentimos  ou vemos  o amor   durante as diferentes fases da vida, adolescência, primeira juventude, amor na idade madura? Não será o último amor porque morrerei, não é isso. Também não sou romântica, não tenho sonhos de velhice acompanhada. Sou bem rabugenta e fóbica. Gosto imensamente da solidão, que traduzo por liberdade máxima.
O amor só me aconteceu por um desses acidentes incautos. Como pisar em falso e torcer o pé. Depois desta primeira fase, um tanto longa e dolorosa, como um engessamento. Tornou-se cotidiano como um amanhecer ou final de dia, que só percebemos se formos poéticos. Não podemos definir o amor senão pela poesia. Quantas páginas já foram escritas em verso e em prosa. Não há idioma que traduza nesse momento minha emoção. Tão bem guardada na "memória poética" que nos fala Kundera em a insustentável leveza do ser. Invasora e dominadora de todo meu ser que se revolta como um escravo rebelde.
É preciso render-se ao amor e esperar as voltas da vida. Sou impaciente, não suporto esperar, eis a minha dor. Amor é trabalho a dois, autonomia e dependência: tão contrário a si é mesmo o amor. Belo e trágico sempre.




RÊ BORDOSA

RÊ BORDOSA
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