
II
Meu amor, meu Amado, vê... repara:
Poisa os teus lindos olhos de oiro em mim,
- Dos meus beijos de amor Deus fez-me avara
Para nunca os contares até o fim.
Meus olhos têm tons de pedra rara,
E as minhas mãos são fontes de água clara-
A cantar sobre a sede dum jardim.
Sou triste como a folha ao abandono
Num parque solitário, pelo Outono,
Sobre um lago onde vogam nenúfares...
Deus fez-me atravessar o teu caminho...
- Que contas dás a Deus indo sozinho,
Passando junto a mim, sem me encontrares? -
(para um enfermeiro de hospital psiquiátrico, lindo como o sol)
Nenhum comentário:
Postar um comentário