quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

INFIDELIDADE


... da musiquinha coroa:
"Amor tem que ser amor e não promessas
Eu que já amei e sei amar
Não é você que vai me enganar "

...CHEGA DE VOCÊ e ...
A maria da conceição já conheceu muito Sartre com muita Simone de Beavoir, a Simone "cabeça", escondida e o Sartre se dando bem com as outras. Oxuns ordinárias que sabem de tudo e fingem não saber numa inteligência "circular" e a Simone cabeça, enfiando agulhas debaixo das unhas, como a Teresa, (Insustentável leveza do ser) e o Sartre ou Thomás, personagem do mesmo livro que buscava o milionéssimo de diferença entre as mulheres, se for bom de cama faz meia dúzia delas felizes, e mantém aquele amor doloroso, compaixão absoluta pela tal Teresa, e ao mesmo tempo, detona o eu afetivo das mais desavisadas.
Nossa cultura é monogâmica, pode-se até se tentar diferente, mas com preço "egocêntricos" muito alto a pagar. Em 1960, Sartre esteve no Brasil, no auditório da UERJ perguntou pelos negros, ausentes. E viajou de lá para o nordeste, com uma interessante pernambucana. Pelo que me consta, Simone não acompanhou... quem souber da história melhor que eu, favor informar. Me pergunto, o que a grande filósofa sentiu? Tinham uma relação "aberta", a mulher é mãe do feminismo ocidental. Sou só uma reles ... mas um dia a apaixonada Teresa traiu, eis um trecho desse que é minha bíblia do amor e da infidelidade:

"Teresa sabe que é mais ou menos assim o instante em que nasce o amor: a mulher não resiste à voz que chama sua alma amendrontada; o homem não resiste à mulher cuja alma se torna atenta a sua voz. Tomás nunca está seguro da armadilha do amor e Teresa só pode tremer por ele a cada hora, a cada minuto.

De que arma poderia dispor? Nada, a não ser sua fidelidade. A fidelidade que ela lhe oferecera desde o começo, desde o primeiro dia, como se soubesse imediatamente que não tinha outra coisa para lhe dar. O amor deles é uma arquitetura estranhamente assimétrica: repousa na certeza absoluta da fidelidade de Teresa, como um palácio gigantesco sobre uma única coluna.




No primeiro ano de sua relação com Tomás, Teresa gritava durante o amor, e esse grito, como já disse, procurava cegar e ensurdecer os sentidos. Depois, passou a gritar menos. Mas sua alma estava sempre cega pelo amor, e nada via. Quando fez amor com o engenheiro, sua alma viu com clareza, já que não havia amor.

Volto a repetir: não tinha vontade de ver o sexo do desconhecido. Queria ver seu próprio púbis próximo do membro estranho. Não desejava o corpo do amante. Desejava seu próprio corpo, subitamente revelado, e ainda mais excitante, já mais próximo e desconhecido.
Olha para seu corpo respingado de pequenas gotas d`água da ducha e imagina que um dia desses o engenheiro passará no bar. Deseja que ele venha, que a convide! Oh, como deseja!

Milan Kundera
A Insustentável Leveza do Ser
Ed. Record

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