No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frêmito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!
A sombra entre a mentira e a verdade...
A nuvem que arrastou o vento norte...
_ Meu corpo! Trago nele um vinho forte:
Meus beijos de volúpia e de maldade!
Trago dálias vermelhas no regaço...
São os dedos do sol quando te abraço,
Cravados no teu peito como lanças!
E do meu corpo os leves arabescos
Vão-te envolvendo em círculos dantescos
Felinamente, em voluptuosas danças...
Florbela d`Alma da Conceição Lobo Espanca
Esta poeta mestra não fez quarenta anos, suicidou-se aos trinta e seis, mas com certeza teria sido uma bela quarentona, grande loba!
terça-feira, 8 de janeiro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
RÊ BORDOSA
Arquivo do blog
-
▼
2008
(101)
-
▼
janeiro
(17)
- INFIDELIDADE
- FEMINI - NÚ: Rosa Luxemburgo (camarada e amante)
- O HOJE JÁ É O AMANHÃ: conversas com cabra macho
- UM POETA ... final
- UM POETA ... parte 6
- UM POETA ... parte 5
- UM POETA ... parte 4
- UM POETA ... parte 3
- O POETA ... parte 2
- UM POETA FAZ QUARENTA ANOS - parte 1
- ALHÁCA
- AOS QUARENTA: BEM RADICAL E CHIC
- OBÁ: SENHORA DOS RIOS REVOLTOSOS
- O DIA EM QUE A TERRA ... ( parte 3)
- O DIA EM QUE A TERRA ... ( parte 2 )
- O DIA EM QUE A TERRA MENSTRUOU ( parte 1 )
- VOLÚPIA
-
▼
janeiro
(17)
Nenhum comentário:
Postar um comentário