Denzel Washington a encontrou numa das esquinas do centro de Teresina, perto da Casa da Cultura. Ele usava jeans e blusa verde água, ela uma blusa amarela. Sem decote ousado, mas que marcava sutilmente os peitos grandes, num bojo de sutian sensual. Dava vontade de apertar, depois de beijar sua boca acobreada. Ouro. Ele lhe dissera depois. Se encontraram, se cumprimentaram, ele reclamou de não tê-la vista na platéia do cinema, para ver seu último filme. Como? Você me percebe? Claro, a conheci quando assistiu Malcon X, as duas fitas, dois dias seguidos, junto com o namorado magrinho. Morri de ciúmes, aquele cara parecia uma moça! Ela besta, ouvindo Denzel Whashinton lhe segurar a mão, dizer que ficara mais bonita mais de dez anos depois. Mais gorda talvez. Linda. Ele respondeu.
Que vai fazer a tarde de hoje? Ele perguntou suado. Rindo com aquele sorriso de dentes brancos. Sorriso faceiro, conquistador. Ela sentiu vontade de tirar a roupa. Estava delirando, no sertão, em plena seca de 1915, lá na Raquel de Queiroz. Denzel Whashington falando com sotaque, rindo para ela. Convidando-a para fazer amor com ele. Gringo louco. Ele argumentava que a amava, há muito anos, só havia dois filmes dele que ela não tinha visto ainda. Era tão apaixonada. Sim, meu grande amor. Disse ela.
O motel naquela área especializada do bairro São Joaquim, com o rio Parnaíba no caminho e a alameda de bambuzais, mas só o percebeu poeticamente na volta, amada. Sentia-se a própria Rosa Púrpura do Cairo, só que cabocla. Negra da bunda e peito grande. Mas respirava com a mesma dificuldade de Mia Farrow, encantada com o homem que sai da tela e a ama. Denzel Whashington, não conseguia a intimidade para chamá-lo pelo primeiro nome. Só depois de nua, nos braços dele. Que homem doce. Ela tinha estado tão infeliz e solitária naquela manhã. Necessitada de carinhos. Então Denzel, deu banho nela. Ensaboou suas costas. Seus seios. Lavou seu sexo. E o beijou, solenemente, com um sorriso de desejo. Conversaram muito sobre muitas coisas do Brasil, que Denzel não entendia. Ela sentada no colo dele, enroladinha numa toalha branca, pernas grossas, masculinas. Não perdia uma expressão dele, um sorriso. Belo, belo...
Ela não perguntou quase nada, deixou que ele lhe falasse o que achasse importante para ela. Tomaram cerveja. Ele estava com quarenta e sete anos e sessenta e dois quilos. Nossa, sarado e disposto. Cães lhe apareciam. Ela também aos quarenta já as tinha. Só que pintava o cabelo.
O quarto acolhedor, depressa lhes pareceu familiar. Uma cama redonda, com acolchoado vermelho e espelhos, tramaram a fantasia libidinosa dos dois. Belo frontal nú, pênis lindo, com um ovo bonito, daquele que parece um só, ficam juntos e duros, com um períneo bem definido. Ela sentiu prazer em sentí-lo inchar dentro da sua boca. Todo o poder de Denzel Whashington dentro da sua boca. Ele não parava de dizer numa voz terna, que ela era maravilhosa. Ela gemia e dizia: nêgo tu comes bem. Ele sorria, não entendia o sentido de tudo que ela falava.
Parecia uma cena de cinema, a cama girava, uma melodia romântica em inglês. Ela, fêmea em êxtase embaixo dele. Ele, viril, macho da espécie, dentro dela. Beijando-a, que ator para beijar bem! De repente, ela abre os olhos, pois tem mania de fazer amor o tempo todo de olhos fechados, gritando, gemendo, falando obscenidades. Mas Denzel só lhe inspirava ternura. Depois do primeiro orgasmo, sentiu uma imensa paz. E fizeram outra vez, foi quando abriu os olhos e viu todos os homens que já amara ou que a amavam ao redor da cama. Todos nús, quase todos, pegavam no pênis, excitados, enciumados. O ex marido sempre estressado, tinha olhos de quem iria esganá-la, alguns músicos, alguns rústicos, jornalistas e poetas, um deles, branquinho, chorava... a cama girava. Denzel a amava tão maravilhosamente. Talvez, não melhor que alguns ali. Mas eles eram fantasmas irressuscitáveis, tiveram seu momento. Aquele momento, aquela trepada que a deixaria feliz por vários dias, aqueles fantasmas que ainda arrastavam correntes por ela, não estragariam. Fechou os olhos novamente, e pediu que Denzel a comesse por trás. Urrou. Novamente por baixo, abraçada a ele. Gozou novamente, se emocionou, chorou um pouquinho. Havia sido amada por um deus.
Que vai fazer a tarde de hoje? Ele perguntou suado. Rindo com aquele sorriso de dentes brancos. Sorriso faceiro, conquistador. Ela sentiu vontade de tirar a roupa. Estava delirando, no sertão, em plena seca de 1915, lá na Raquel de Queiroz. Denzel Whashington falando com sotaque, rindo para ela. Convidando-a para fazer amor com ele. Gringo louco. Ele argumentava que a amava, há muito anos, só havia dois filmes dele que ela não tinha visto ainda. Era tão apaixonada. Sim, meu grande amor. Disse ela.
O motel naquela área especializada do bairro São Joaquim, com o rio Parnaíba no caminho e a alameda de bambuzais, mas só o percebeu poeticamente na volta, amada. Sentia-se a própria Rosa Púrpura do Cairo, só que cabocla. Negra da bunda e peito grande. Mas respirava com a mesma dificuldade de Mia Farrow, encantada com o homem que sai da tela e a ama. Denzel Whashington, não conseguia a intimidade para chamá-lo pelo primeiro nome. Só depois de nua, nos braços dele. Que homem doce. Ela tinha estado tão infeliz e solitária naquela manhã. Necessitada de carinhos. Então Denzel, deu banho nela. Ensaboou suas costas. Seus seios. Lavou seu sexo. E o beijou, solenemente, com um sorriso de desejo. Conversaram muito sobre muitas coisas do Brasil, que Denzel não entendia. Ela sentada no colo dele, enroladinha numa toalha branca, pernas grossas, masculinas. Não perdia uma expressão dele, um sorriso. Belo, belo...
Ela não perguntou quase nada, deixou que ele lhe falasse o que achasse importante para ela. Tomaram cerveja. Ele estava com quarenta e sete anos e sessenta e dois quilos. Nossa, sarado e disposto. Cães lhe apareciam. Ela também aos quarenta já as tinha. Só que pintava o cabelo.
O quarto acolhedor, depressa lhes pareceu familiar. Uma cama redonda, com acolchoado vermelho e espelhos, tramaram a fantasia libidinosa dos dois. Belo frontal nú, pênis lindo, com um ovo bonito, daquele que parece um só, ficam juntos e duros, com um períneo bem definido. Ela sentiu prazer em sentí-lo inchar dentro da sua boca. Todo o poder de Denzel Whashington dentro da sua boca. Ele não parava de dizer numa voz terna, que ela era maravilhosa. Ela gemia e dizia: nêgo tu comes bem. Ele sorria, não entendia o sentido de tudo que ela falava.
Parecia uma cena de cinema, a cama girava, uma melodia romântica em inglês. Ela, fêmea em êxtase embaixo dele. Ele, viril, macho da espécie, dentro dela. Beijando-a, que ator para beijar bem! De repente, ela abre os olhos, pois tem mania de fazer amor o tempo todo de olhos fechados, gritando, gemendo, falando obscenidades. Mas Denzel só lhe inspirava ternura. Depois do primeiro orgasmo, sentiu uma imensa paz. E fizeram outra vez, foi quando abriu os olhos e viu todos os homens que já amara ou que a amavam ao redor da cama. Todos nús, quase todos, pegavam no pênis, excitados, enciumados. O ex marido sempre estressado, tinha olhos de quem iria esganá-la, alguns músicos, alguns rústicos, jornalistas e poetas, um deles, branquinho, chorava... a cama girava. Denzel a amava tão maravilhosamente. Talvez, não melhor que alguns ali. Mas eles eram fantasmas irressuscitáveis, tiveram seu momento. Aquele momento, aquela trepada que a deixaria feliz por vários dias, aqueles fantasmas que ainda arrastavam correntes por ela, não estragariam. Fechou os olhos novamente, e pediu que Denzel a comesse por trás. Urrou. Novamente por baixo, abraçada a ele. Gozou novamente, se emocionou, chorou um pouquinho. Havia sido amada por um deus.
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