sábado, 29 de março de 2008

PERDOA-ME ... ( 2 )


Mas, a partir desse momento, tudo pareceu conspirar contra ele. Não se passava praticamente um dia sem que ela descobrisse alguma coisa nova sobre seus amores clandestinos.
No começo negava tudo. Quando as provas eram muito evidentes, tentava demonstrar que não havia nenhuma contradição entre sua vida polígama e o amor que ele tinha. Não era coerente: ora negava suas infidelidades, ora justificava.
Um dia, telefonava a uma amiga para marcar um encontro. Quando a ligação terminou, ouviu um estranho barulho no quarto vizinho, como som de dentes batendo de frio.

Muito antes que ela descobrisse sua correspondência com Sabina, eles tinham ido a um cabaré com alguns amigos. Celebravam o novo emprego de Tereza. Ela havia deixado o laboratório de fotografias, e tornara-se fotógrafa de revista. Como ele não gostava de dançar, um de seus jovens colegas de hospital se ocupou de Tereza. Eles deslizavam magnificamente sobre a pista, e Tereza parecia mais bela do que nunca. Ele parecia estupefato de ver com que precisão e docilidade ela se adiantava uma fração de segundos à vontade de seu parceiro.

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