Eles a perseguiam com o olhar. Coçavam o ovo quando ela passava. A safada numa micro saia jeans, coxas grossas e aqueles peitos no mundo. Era de lamber os beiços, pensava o "caboco", como se diz em bom piauiês. Mas hoje especialmente "a mulher mais linda da cidade", que se divertia em provocar meia dúzia de homens rústicos que jamais a tocariam. Não se divertia em descer um pouquinho mais o decote, morder levemente os lábios, passando levemente a mão nos cabelos curtissímos.
Um mau pressentimento, uma dor, uma saudade nova de uma coisa antiga, presente novamente e que já parece perdido. Suspirou. Perguntas existenciais a perseguiam todo o dia.
Dificuldade de conversar com homens. Quando era casada achava difícil manter-se esposa. Namorada, descobrira-se uma Calipso ciumenta, capaz de fazer sertão virar mar. Ser amante de homem casado, subterrânea, amada entre aspas, não queria mais. Quase tudo para outra, nada para ela.
Bonita, e vaidosa, mulherão... e um homem difícil na cabeça. Por que aquele cara sempre promete? E ela sempre acredita. Sentia vontade de revê-lo. Quantas ligações recebera de outros? Mas seu coração só reconhece um som. A memória da sua pele, seus poros que transpiram na hora do amor, excitam-se à lembrança dele.
Suspira novamente, muitos afazeres. Nada tem sentido. Dá vontade de dançar ou naquela noite sem luar, urrar, urrar muito e alto. Porque é uma loba de quarenta anos, solitária e no cio.
Um mau pressentimento, uma dor, uma saudade nova de uma coisa antiga, presente novamente e que já parece perdido. Suspirou. Perguntas existenciais a perseguiam todo o dia.
Dificuldade de conversar com homens. Quando era casada achava difícil manter-se esposa. Namorada, descobrira-se uma Calipso ciumenta, capaz de fazer sertão virar mar. Ser amante de homem casado, subterrânea, amada entre aspas, não queria mais. Quase tudo para outra, nada para ela.
Bonita, e vaidosa, mulherão... e um homem difícil na cabeça. Por que aquele cara sempre promete? E ela sempre acredita. Sentia vontade de revê-lo. Quantas ligações recebera de outros? Mas seu coração só reconhece um som. A memória da sua pele, seus poros que transpiram na hora do amor, excitam-se à lembrança dele.
Suspira novamente, muitos afazeres. Nada tem sentido. Dá vontade de dançar ou naquela noite sem luar, urrar, urrar muito e alto. Porque é uma loba de quarenta anos, solitária e no cio.
2 comentários:
Edileuza,
adorei o blog, o visual tá otimo e o conteudo tambwm!!1
parabens geurreira!!
Patricia
Muito bom este conto curto. Na internet o curto é essencial pelos tempos modernos onde falta o tempo. Mas adorei o estilo e não é porno, mas do erotismo poema. O difícl é ficar em cima do muro e você consegue.
Tambem milito na luta antimanicomial, mas não é a do Piauinauta. Penso em fazer um blog sobre, mas só com ajuda do pessoal daqui. Tô tentando, mas nem todo munto tem saco pra internet. Mande os contos mínimos...
Edmar
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