Voltou a vontade de escrever sobre mulheres, mulheres de quarenta ou mais, mulheres de quartoze anos e suas mães de trinta. Que coisa! Meu atual trabalho com estes dois grupos, de meninas "livres" e suas mães jovens que desistiram da maternidade! Sem moralismo, tento compreender esta estranha relação de duas gerações tão próximas. Parecem realmente irmãs, há desobediência, chantagem, competição e um amor conflituoso entre elas.
Como socióloga e assistente social vou buscando em meus conhecimentos acadêmicos elementos que me amparem para mediar as diversas situações vividas por estas meninas-mulheres. A menina de treze anos que se acha mais madura que a mãe de trinta, a menina de doze que já mora sozinha com amigas e a menina de quartoze que assume a própria vida, ajudada pela escola e a ameça de ação do conselho tutelar e volta à escola.
Todas jovenzinhas que parecem carregar o mundo nas costas. Olhares distímicos e quando sorriem, são sorrisos leves somente. Adolescente deveria apenas ser feliz. Voltamos a essa conversa depois. Tenho que ir a praça do meu bairro, minha filha de onze está andando de bicicleta. Preciso dar uma olhada. Sou uma mãe que pariu depois dos trinta, tenho mais de quarenta e aderi expontaneamente a maternagem em tempo integral.
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