quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

SEGREDO DE LIQUIDIFICADOR


Uma dose diária de amor, mensal, bimestral... não sou tão exigente. Exijo é o máximo de qualidade desse amor. Imetro, mesmo. Senão não vale a pena. O altruismo alimenta, a amizade (graças a Deus tenho muitas) sustenta e ajuda levar a vida. Fiquei mal acostumada em ser bem-amada. Um bom amor é aquele que sonha e constrói o sonho, realiza. Saudades de "meus repousos", voltava de minhas guerras, minhas batalhas e lá estavam os braços doces. Já tive tantos... ando precisando urgentemente enamorar-me, antes que amargue. Fique feia, veja somente o lado feio do mundo.
Ando com minha Obá revoltada espantando os homens. Brigando, humilhando-os. Coitados, olham pros meus peitos, sentem vontade de me derrubar. Então espezinho-os. Não há guerreiro a minha altura. Gosto mais de minha Calipso, apaixonada, bondosa, nada falta a meus amados e só briga (briga feia, de não deixar nada em pé) por ciúmes. Mas depois se chega. Nêga dengosa. Oferecendo doces, flores e mel. Gosto de está regida por ela.
Pena. Alguns ciclos precisam ser fechados. Para nós mulheres sacerdotizas, os parceiros nos são dados e apenas ficam enquanto cumprem seu papel em nossas vidas. Alguns terão nosso amor eterno. Não nossas vidas e nem nossos corpos.
Mas para que nosso trabalho no bem se realize com precisão e perfeição, é bom o amor. E ele sempre virá.

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RÊ BORDOSA

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