Depois dos quarenta e uns algumas coisas perdem o sentido. E outras vão se significando. Minha filha me acha gorda e diz que não quer ter peitos grandes, acha feio. Imagina, o preço dum peito do tamanho do meu. Criança! Mostro a ela fotos dos meus vinte e poucos, da gravidez e depois de ter parido e ser uma mulher comum. Não sou atriz de novelas, elas precisam investir na aparência, para continuarem a manter papéis de protagonistas. Eu não sou nem a amiga da amiga da mocinha.
No máximo uma aparência saudável e um jeito de mulher fogosa já me é suficiente. Mesmo que a parte do "fogosa" seja meio representação. Mas se colar, colou.
Quanto a leitura, tenho a impressão que já li tudo que se diz científico na área das ciências humanas. Talvez precise voltar a literatura. Acho que não li Clarice Lispector o suficiente para dizer que a conheço e alguns clássicos russos que sempre fiquei adiando. Quem sabe a Antropologia, principalmente das religiões. É um interesse antigo.
Incrível como não consigo aceitar novos namorados, continuo namorando sem está enamorada, antigos namorados, apenas por confiança. Porque já os conheço, suas qualidades e fraquezas e principalmente porque eles vivem na segurança do amor de outras mulheres. Isso me deixa tranquila. Não tenho tempo mesmo e nem muita saúde.
Caramba... depois desse parágrafo, descobri urgente que preciso relaxar, ler urgente as supersoluções do divã da revista Cláudia. Nada me resta.